A Apple anda meio quieta, mas as especulações sobre novos produtos ou novas versões até que ganharam um novo gás nos últimos dias, antecipando possíveis lançamentos no próximo dia 10 de setembro.
Com o iOS 7 já na praça em versão final para desenvolvedores, é razoável supor que um pacotaço de novidades apareça, de novo sob a regência insossa do CEO Tim Cook.
Esperamos uma versão apimentada e melhorada do iPhone 5, provavelmente chamada de iPhone 5S. Uma funcionalidade que é antecipada é o login através da impressão digital do dono, visando maior segurança.
Para muitos analistas, nos quais me incluo, pode surgir uma segunda vertente de iPhone, talvez chamado de iPhone 5C, para dar espaço à Apple no segmento de entrada, os aparelhos que custam –lá fora– menos de US$ 200, desbloqueados. Até agora, o que vinha acontecendo era a continuidade de fabricação do modelo imediatamente anterior, a preços descontados. Essa estratégia até que funcionou, e hoje a Apple fornece os iPhones 4, 4S e 5, ou três gerações do mesmo produto.
Especula-se que o C seja indicativo de Cor, e que esse iPhone básico tenha a carcaça em plástico com diversas cores e talvez até temas, com foco no público jovem de ambições grandes mas renda nem tanto.
Eu ficaria contente se o iCloud, o serviço na nuvem da Apple ficasse mais aberto, na linha do Google+, hoje em dia o mais fácil de usar. Junto com o iPhone 5C, sinalizaria uma ampliação do público alvo e uma abertura maior à conectividade com produtos e serviços da concorrência.
Mas dá para refletir, para não misturar o que pode acontecer com o que gostaríamos que acontecesse. Se a Apple insistir em manter sua receita de sucesso, ela simplesmente anuncia atualizações daquilo que sempre deu certo, com arquiteturas fechadas, preços altos e o forte apelo da maçã mordida.
Pode ser, e pode funcionar. Mas não por muito tempo. Afinal de contas, inovação, charme, glamour e exclusividade já existem em produtos premium dos concorrentes. E esse mercado, que, se a Apple não inventou certamente ela deu os contornos nesses últimos 8 anos, virou algo gigantesco, maior do que os melhores sonhos de seus criadores. Só de smartphones, serão 1 bilhão de aparelhos vendidos em 2013.