As vendas de desktops e notebooks no Brasil cairam 10% no primeiro trimestre de 2013, comparado com o mesmo período de 2012. Foram 2,2 milhões de unidades vendidas a pessoas físicas e 1,1 milhão para pessoas jurídicas. Queda grande, em um mercado acostumado a crescer de forma vertiginosa.
Crise? Não: Transformação!
Em um ambiente de mobilidade cada vez maior e com o aumento da potência e funcionalidades dos smartphones e tablets, esses estão ocupando cada vez mais o lugar do dispositivo digital principal, especialmente entre as pessoas físicas.
Olhe ao seu redor, no café, na sala de embarque do aeroporto, até na academia. Quem está conectado, provavelmente estará mexendo em uma tela sensível ao toque ou, aparentemente, falando sozinho, quando na verdade conversa com alguém distante ou dá comandos ao seu smartphone ou tablet.
Vá a uma loja física ou virtual e percorra a seção de aparelhos digitais: os desktops estão espremidos num cantinho, com um pé no museu e os laptops ou estão posicionados em uma faixa de preço impensável há dois ou três anos atrás, ou mudam de nome, virando os potentes e leves ultrabooks ou então híbridos, com tela destacável que os transforma em tablets.
É cedo ainda para decretar o fim dos computadores pessoais, até porque eles possuem características importantes para muitos usos. Por exemplo, eu teria dificuldades em escrever um texto maior como esse usando um tablet, salvo se ele tivesse um teclado opcional acoplado. Para trabalhar em cima de imagens com um pouco mais de sofisticação, os aplicativos e os processadores dos smartphones e tablets não dão conta do recado. Em muitas situações, interagir com uma telona funciona bem melhor do que com as telinhas ou telas médias dos portáteis da moda.
Não se surpreenda, ao olhar o seu perfil de uso e de substituição de dispositivos digitais. Se há 4 ou 5 anos atrás você ficava antenado para o próximo lançamento de um notebook, hoje você provavelmente pode passar uma ou duas mudanças de patamar tecnológico sem a necessidade de migrar, mesmo tendo dinheiro de sobra ou sendo um entusiasta. Já no campo dos smartphones e tablets, a coceira da mudança é mais forte, pois os lançamentos relevantes ocorrem, no mínimo, duas vezes por ano e a variedade de aplicativos úteis não para de crescer.