Os tablets vão superar os notebooks em vendas já em 2013; no máximo até 2015, eles venderão mais do que o total de notebooks e desktops, somados.
Quem diz é o IDC, especialista em inteligência de mercado digital. No mundo, este ano, serão 229 milhões de unidades vendidas, 58% a mais do que as 145 milhões de 2012.
Aqui no Brasil, ainda segundo o IDC, foram vendidos pouco mais de 1.100 mil tablets em 2011 e 3,1 milhões em 2012. Devemos chegar a 5,8 milhões em 2013. As taxas de crescimento são impressionantes: 171% de 2011 para 2012 e 87% do ano passado para este ano.
Se essas previsões se confirmarem, o Brasil chega a cerca de 2,5% do total mundial, percentual maior do que nossa média no ramo da tecnologia, algo entre 1,5% e 2% do total.
Esse volume de vendas no Brasil é ainda mais impressionante se levarmos em conta que os tablets custam aqui bem mais do que nos principais mercados do mundo, até porque poucos são os modelos aqui fabricados e que contam com benefícios da lei que desonera de impostos a produção local.
O Brasil ainda exibe mais um título no quesito tempo diário de uso: somos campeões mundiais de tempo de conexão diária através de tablets, 35% a mais do que a média mundial, por conta do nosso já tradicional entusiasmo com as redes sociais.
A imensa maioria dos aparelhos são vendidos a pessoas físicas. A disponibilidade de milhões de aplicativos e a flexibilidade de uso para fotos, videos e livros, aliado à portabilidade e à conectividade fazem do tablet uma ferramenta extremamente versátil, o verdadeiro canivete suiço da era digital.
Definitivamente, os tablets representam um fenômeno de mercado, pois, embora existissem modelos conceituais ou de produção limitada há mais de 15 anos, foi só em 2010, com o lançamento do iPad, que eles viraram produtos de massa.
Quando Steve Jobs anunciou o iPad, primeiro na versão WiFi e depois agregando o chip 3G, a maioria dos analistas e concorrentes não via sentido para um notebook sem teclado ou um iPhonão grande demais para pendurar no ouvido. Estavam redondamente errados os analistas e cheios de soberba os concorrentes.