Carros que dispensam motoristas já existem, em várias versões. O mais célebre é o modelo criado pelo Google que, em alguns estados americanos, já rodam por ruas e rodovias atualizando as imagens do Street View, enquanto o ocupante da cabine só interfere na condução em situações de emergência ou falha. O humano é, no caso, um motorista backup…
Mas as soluções do carro sem motoristas ainda são raras e caras. Ou eram. Uma empresa de Israel, a empresa Mobileye criou um protótipo de baixo custo, da ordem de centenas de dólares, capaz de conduzir um Audi A7 em uma austoestrada a 100 km/h.
OK, talvez não seja uma boa idéia investir um monte de grana em um Audi A7 para andar só a 100 km/h e delegando o prazer de dirigir a uma maquineta composta de processadores, sensores e câmeras de video.
É provável que o caminho para o carro auto-conduzido nem seja esse, mas a Mobileye e concorrentes já fornecem às montadoras vários módulos de conforto e segurança, como o FCW, que avisa a iminente colisão com outro veículo ou obstáculo, o PCW, que alerta sobre a possível atropelamento de pedestres, o LDW, que apita quando o carro muda de faixa sem sinalizar, o IHC que impede o uso de farol alto quando um veículo vem no sentido contrário e muitos outros, que já se encontram disponíveis em vários modelos vendidos no Brasil.
Hoje em dia, um GPS já não é algo tão exótico a bordo dos carros, com a voz digital indicando ao motorista os caminhos até seu destino, avisando sobre curvas e saídas próximas, sem falar nos alertas sobre os radares multadores. Usar os dados em tempo real do GPS para alimentar um sistema de condução de carros que independa do motorista é uma das possibilidades.
Talvez você tenha de esperar anos ou mesmo décadas até ver um carro que não dependa de motorista. Pode até ser que esse dia nem chegue. Mas a automação das funções dos veículos automotores vai seguir evoluindo, nem só por conta da segurança e conforto, mas também para torná-los cada vez mais eficientes.