Nesta quarta, 16/04, as ações da Apple caíram abaixo dos US$ 400, depois do pico acima de US$ 700 seis meses atrás, quando a empresa da maçã era a mais valorizada do mundo.
Não mais.
O mercado capta sinais de esgotamento do ciclo de inovação que a empresa liderava há uma década, e seus recentes lançamentos já encontram similares na praça com preço, funcionalidades e design no mínimo equivalentes.
O fiasco do Apple Maps, os bugs das novas versões do iOS e as vendas tépidas de desktops e notebooks somaram-se aos recalls de iPods e aos pedidos de desculpas do CEO Tim Cook pelas falhas ocorridas.
Nada a ver com os tempos de encantamento da companhia na era Steve Jobs.
Dá para descartar a Apple? A história se repetirá, lembrando os anos 1980 no lançamento do Macintosh que inovou com o mouse e a interface gráfica, apenas para ser tratorado pelos fabricantes de PC com Windows?
Pouco provável. Com US$ 150 bilhões em caixa, uma base instalada de centenas de milhões de clientes de seus produtos e serviços, isso dificilmente ocorrerá.
Agora, se você, como eu, tem um investimento e muitos aplicativos na plataforma Apple, não se preocupe! Você continuará a ter uma longa convivência com esse notável ecossistema.
Mas eu acho que a magia da Apple parece ter, no mínimo, se dado um tempo. E as novidades virão de mais empresas de tecnologia. Bom para nós, que teremos mais opções.