Pois é, aconteceu: o vazador foi vazado! Julian Assange agora é vítima, pois o processo que ele responde na Suécia por assédio sexual, vazou para a imprensa, embora corresse sob segredo de justiça. Os advogados de Assange dizem que seu cliente será prejudicado. Será?
A notícia correu mundo com a velocidade e viralidade típicas da internet. Em poucas horas, estava no topo dos Trending Topics do Twitter, e o curioso é que Assange diz ter sido “vítima de vazamentos mal-intencionados”, argumento idêntico ao usado por altas autoridades mundo afora para criticar o WikiLeaks.
Será esse mais um episódio de uma história que parece começar a ser escrita e que pode levar a um disciplinamento da internet? Ontem mesmo, a Venezuela do coronel Chavez teve aprovada uma lei que impõe restrições e sanções a internautas. Para lá vamos na escala de um voo que termina na Coréia do Norte?
Por enquanto, mais perguntas do que respostas. Mas a mim fica óbvio que aqueles defensores da censura à internet ganham pontos. E os que curtem a liberdade da rede, muito parecido com o “é proibido proibir” da geração 1968, ficaram na defensiva.